
*nota pessoal de outubro/novembro de 2016
Eu nunca me conformei com imposições, com esquemas. Desde pequena eu nunca gostei de ir à escola. Quando o curso de inglês começou a ficar maçante, eu comecei a querer faltar. Sempre fiquei incomodada com obrigações.
Só para explicar aos mais novinhos: eu sempre procurei estudar, sentava na primeira fileira, ficava quieta na sala de aula, e tirava boas notas, na maioria das vezes – menos em física, rs. A sua responsabilidade não pode ser ignorada.
No entanto, eu estive em uma profunda crise por esses dias. Daquela que a gente deseja resolver já, mas o Pai prefere que passemos através dela com muita calma e paciência, devagarzinho.
A religião nunca me satisfez, sistemas nunca me aprisionaram. Sempre soube dentro de mim que tem muito, muito mais. Deus me fez inconformada, sedenta por mais do que bons resultados.

Cheguei a falar para o Pai: “eu fui feita para o deserto, como João Batista, porque não é possível!” rs.
Eu amo a história de João Batista, porque ele não era cool, ele era estranho (vamos e convenhamos). Ele não ia aonde as multidões estavam. O cara pregava no deserto, e não nas cidades onde haviam pessoas.
É lindo, lindo pensar que todos os profetas anunciaram a vinda de Jesus, no entanto, João não apenas a anunciou, Ele contemplou o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e dEle deu testemunho.
“No dia seguinte, João viu Jesus aproximando-se e disse: “Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! Este é aquele a quem eu me referi, quando disse: Vem depois de mim um homem que é superior a mim, porque já existia antes de mim.” João 1:29-30 NVI
Que grande privilégio aquele homem teve. Muitos queriam estar em seu lugar. Eu com certeza gostaria viver aquele momento como João o viveu! Você também?!
Mas, será que nós estaríamos dispostos a viver uma vida como a vida dele?
João era filho de sacerdote, mas não foi ungido como sacerdote. Seu chamado era ser profeta, não era ser sacerdote. E, bom, ele não tentou ser sacerdote. Ele era profeta, e assim foi. Como Billy Graham, que não tentou ser pastor de igreja local, pois seu chamado era ser evangelista, e assim ele foi: fiel a sua vocação.
João Batista se apartou de todo sistema religioso de sua época para cumprir aquilo que Deus o chamou para fazer.

Engraçado. Corremos diretamente para o sistema religioso e procuramos um espaço para nos encaixarmos. Abrimos mão do nosso próprio propósito apenas pelo fato de que queremos estes tais rótulos que não identificam, estes títulos que não definem, cargos para serem preenchidos e que não preenchem.
Deus que me livre destes sistemas, pois todos são cruéis. Eu prefiro o evangelho simples, a Verdade prática, pois esta não aprisiona, ela liberta, ela não retém, ela contém significância.
“No dia seguinte, João estava ali novamente com dois dos seus discípulos. Quando viu Jesus passando, disse: “Vejam! É o Cordeiro de Deus!” Ouvindo-o dizer isso, os dois discípulos seguiram Jesus.” João 1:35-37 NVI (destaque meu)
Eu prefiro o conhecimento de Deus, porque ninguém pode explicar. Eu prefiro a graça, porque ela não faz sentido.
Por mais bem sucedidos que sejam, eu não sirvo a sistemas. Eu sirvo a Jesus.
“Naqueles dias, surgiu João Batista, pregando no deserto da Judeia. Ele dizia: “Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo”. Este é aquele que foi anunciado pelo profeta Isaías: “Voz do que clama no deserto: ‘Preparem o caminho para o Senhor, façam veredas retas para ele’. ” As roupas de João eram feitas de pelos de camelo, e ele usava um cinto de couro na cintura. O seu alimento era gafanhotos e mel silvestre. A ele vinha gente de Jerusalém, de toda a Judeia e de toda a região ao redor do Jordão. Confessando os seus pecados, eram batizados por ele no rio Jordão. Quando viu que muitos fariseus e saduceus vinham para onde ele estava batizando, disse-lhes: “Raça de víboras! Quem deu a vocês a ideia de fugir da ira que se aproxima? Deem fruto que mostre o arrependimento! Não pensem que vocês podem dizer a si mesmos: ‘Abraão é nosso pai’. Pois eu digo que destas pedras Deus pode fazer surgir filhos a Abraão. O machado já está posto à raiz das árvores, e toda árvore que não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo. “Eu os batizo com água para arrependimento. Mas depois de mim vem alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de levar as suas sandálias. Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo. Ele traz a pá em sua mão e limpará sua eira, juntando seu trigo no celeiro, mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga”.” Mateus 3:1-12 NVI
Aquilo que Deus chamou João para fazer era tão louco, que aquele sistema hipócrita não pôde resistir – sem restrições, aqueles que eram batizados por João confessavam abertamente e em voz alta os seus pecados a todos presentes, não importando quão impróprios eles fossem.

S. x
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