
*nota pessoal de 24 de abril de 2022
No feriado (21/04) eu aproveitei para não fazer absolutamente nada… Exceto assistir seriado, rs. Maratonei “Inventing Anna” com a minha mãe e minha irmã, e fiquei de boas no sofá.
A série é muito boa e nós não conseguimos parar de ver antes de saber o desfecho da história.
A parte curiosa é que era exatamente sobre o assunto abordado na série que eu estava meditando nos últimos dias: pessoas que vivem uma mentira.
Eu sempre fui muito retraída, e a qualquer sinal de constrangimento me isolava de tudo e de todos. Assim eu perdi muitos amigos, simplesmente pelo que eles estariam pensando sobre mim após qualquer situação adversa (acredito hoje que não estavam pensando nada sobre mim, nem ruim, nem bom.)
As últimas duas semanas foram uma enxurrada de informações que eu nunca pedi para receber, e que eu não gostaria de receber, mas acredito que era preciso que eu soubesse. O meu julgamento? Bom, basicamente foi:
“Como?! Como alguém dá as caras como se fosse um anjo depois disso? Como alguém pode fingir tão bem depois daquilo? Como!?”
““Quanto a vocês, peritos na lei”, disse Jesus, “ai de vocês também!, porque sobrecarregam os homens com fardos que dificilmente eles podem carregar, e vocês mesmos não levantam nem um dedo para ajudá-los.” Lucas 11:46 NVI
Eu me privei de viver tantas coisas por circunstâncias insuficientes para causar tal dano, enquanto pessoas que feriram e traíram outras andam por aí inventando suas narrativas e mascarando suas verdadeiras intenções.
“A alguns que confiavam em sua própria justiça e desprezavam os outros, Jesus contou esta parábola: “Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro, publicano. O fariseu, em pé, orava no íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens: ladrões, corruptos, adúlteros; nem mesmo como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho’.” Lucas 18:9-12 NVI
Prefira não ser nada a ser uma mentira.
Anna fez o que fez porque ela tinha um grande sonho, que não era possível de se realizar devido ao seu background. Confesso que terminei o seriado com pena dela (talvez eu tenha sido enganada pela personagem também.)
Claro que nada justifica seus crimes e o comportamento egoísta dela. Mas às vezes nós somos o “amigo” jornalista, apontando pecadores que se diferenciam de nós apenas por serem mais inteligentes.
Pessoas vendem seus princípios por muito menos que um grande projeto e conseguem deitar suas cabeças tranquilas no travesseiro de suas ambições mesquinhas e medíocres, relativizando seus atos para justificar suas más atitudes.
Prometi para mim mesma nunca mais deixar de ir a qualquer lugar por causa de narrativas inventadas por personagens da minha vida real. Nunca mais me sentir mal com o julgamento dos fariseus fingidos que agradecem por não serem pecadores como sou.
““Mas o publicano ficou a distância. Ele nem ousava olhar para o céu, mas batendo no peito, dizia: ‘Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador’. “Eu digo que este homem, e não o outro, foi para casa justificado diante de Deus. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado”.” Lucas 18:13-14 NVI
Bom, acredito que você deva fazer o mesmo.
Confrontar os narradores, no entanto, pode não caber a nós. Isso só o Espírito Santo pode determinar e te revelar. É certo que está em Sua responsabilidade, e talvez possa não estar em seu próprio escopo.
“Eu estava quieta, não cega.” Jane Austen, Mansfield Park
Existe uma pessoa que conheço e que não é muito minha fã (digamos assim). Por vezes ela me tratou mal, forjou momentos para me deixar desconfortável, falou sobre coisas que poderiam me magoar apenas para me alfinetar.
Ao contrário do que essa pessoa acredita, eu sou adulta e não mais uma adolescente. É minha obrigação relevar esse tipo de coisa, até porque o meu tempo livre é escasso, e eu sou proibida a dar atenção a esse tipo picuinha. Convenhamos.
O meu raciocínio fazia todo sentido. Até o dia em que eu vi este indivíduo passando casualmente longe de mim, e eu tive uma crise sinistra de falta de ar. Não foi nada consciente, o meu corpo simplesmente ligou o sinal alerta, como se houvesse um grande perigo eminente.
Eu fiquei super assustada, mexeu muito comigo. Nunca tinha me sentido assim ao ver alguém com quem tivesse tido qualquer problema.
O que mais me impressionou é como coisas pequenas podem nos afetar de maneira tão grave. E como nós podemos ferir os sentimentos das pessoas de maneira tão aguda com situações tão corriqueiras.
O ponto é que ninguém além da minha família, e dois amigos meus que não têm o menor contato com ela sabem disso. Ninguém nem suspeita, na verdade. A narrativa que tal personagem conta permanece. E eu não tenho a intenção de intervir.
Desmascarar Jezabel, será que vale meu esforço ou pior, a minha boa fama?
“Quem teme o homem cai em armadilhas, mas quem confia no Senhor está seguro.” Provérbios 29:25
O que aprendi com tudo que me contaram, com a série e especialmente com a perspectiva da Bíblia sobre o assunto, é que nós não devemos abaixar a cabeça para ninguém. O arrependimento é algo bonito (apesar de você chorar bem feio), e muito diferente de remorso e condenação. Ninguém além de Cristo vive uma vida verdadeira o suficiente para te dar lição de moral.
Procure conselho de pessoas mais velhas e líderes experientes que não estejam mais preocupados com os seus próprio interesses do que estão com você.
Se a admoestação vier sem amor e para sua destruição, não é admoestação, e sim manipulação emocional. Não gosto de usar termos assim, porque estão em alta e um pouco banalizados, mas esse se encaixou muito bem. E isso é muito sério.
“Em Deus, cuja palavra eu louvo, em Deus eu confio e não temerei. Que poderá fazer-me o simples mortal?” Salmos 56:4
Bom, espero que esse texto te encontre corajosa para enfrentar o medo dos homens e andar com a cabeça erguida como filha amada e perdoada de Deus.
S. x
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