
Eu assisti um resumo da biografia de Bonhoeffer que a Carol Bazzo postou no Youtube e tive curiosidade de finalmente ler “Discipulado”. Um livro denso e maravilhoso.
Li durante o meu deslocamento diário e acabei lendo mais superficialmente, o que é um arrependimento meu. Talvez eu releia com mais calma algum dia, para fazer anotações e dar mais atenção.
Mas mesmo assim, tendo feito uma leitura corrida de algo tão profundo, eu consigo identificar a preciosidade que o livro é.
Bonhoeffer escreveu “Discipulado” para contrapor a teologia liberal que se instalava em sua época, então algumas coisas vão parecer um pouco óbvias se você tem acesso à boa teologia. Entretanto tiveram dois pontos que me marcaram muito: obediência sem condições (ainda que a condição seja fé) e a invisibilidade da vida cristã.
É engraçado que em “O custo do discipulado” Jonas Madureira aponta para o perigo da invisibilidade, e Bonhoeffer no entanto aponta para a importância. A verdade é que são duas abordagens distintas, uma fala sobre as multidões que buscavam milagres e não o próprio Jesus, e a outra fala sobre o exercício da nossa fé sem intenções distorcidas, em busca de aplausos e reconhecimento.
“Justamente porque a essência cristã é necessariamente, isto é, indicativamente, o que é extraordinário, é, ao mesmo tempo, o normal, o oculto. Do contrário, não é o que constitui o cristão, ou seja, a obediência à vontade de Jesus Cristo.”

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